O livro tem 5 personagens fundamentais: Pedro e as quatro mulheres da sua vida. Pedro está a morrer de cancro e, após a sentença decretada pelo médico de que teria 6 meses de vida (não mais), decide reunir à mesma mesa num jantar os seus grandes amores: Mia (com quem vive), Alice, Carmen e Rita. Para cada personagem, uma "banda sonora de escrita".
Se para Alice, o importante foi ouvir Bach - a mulher com quem mais tempo viveu, que mais o aturou, melhor o compreendeu -, para Rita, que foi o amor que nunca chegou a ser (tudo foi demasiado rápido, a diferença de idades entre os dois tão pouco ajudou), a escrita e "descrita" desta personagem foi fortemente influenciada pela audição de alguns dos álbuns de Pedro Abrunhosa (algo relativamente comum no processo de escrita do autor), nomeadamente do último "Longe", não necessariamente o preferido, mas, talvez por ser o mais recente, o mais importante.
Entre a espada e a parede é uma música fundamental para este livro. Não só porque dá título à obra (o verso original acrescenta "é" antes de "onde a vida se parede), mas também porque é uma música que pela música e letra descreve bem o contraditório sentimento vivido pelos personagens Pedro e Rita. Foi ouvida em loop durante várias horas para escrever as páginas destes personagens. O "é onde a vida se perde", que me parece o mais belo de toda a música, utilizado apenas por uma vez, configura uma resistência ao facilitismo que me agrada bastante. É onde a vida se perde podia ser o nome da música. Podia ser repetido ao longo dos quase 5 minutos da música. Ao não fazê-lo, Pedro Abrunhosa foge ao caminho mais fácil.
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